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Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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OIM entrega certificados a microscopistas indígenas e manual para o diagnóstico de malária na Terra Yanomami
Boa Vista – Os indígenas da Terra Yanomami capacitados para atuarem como microscopistas agora estão com seus certificados em mãos. Os títulos foram entregues pela OIM, Agência da ONU para as Migrações, à Associação Hutukara Yanomami (HAY), no 14, em Boa Vista, junto com o manual desenvolvido pela Organização para auxiliar na atuação dos profissionais. As ações foram promovidas em apoio ao combate à malária na região.
Os certificados completam o ciclo de treinamentos e capacitações realizados pela OIM em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RR) nas Terra Yanomami para treinar membros da comunidade na prevenção e atuação nos casos de malária, possibilitando melhor resposta e tratamento aos moradores. Além das aulas, a Organização forneceu materiais impressos e apostilas sobre as doenças. Para a capacitação e posterior trabalho dos Yanomami, a Hutukara adquiriu 16 microscópios que ficarão à disposição dos novos técnicos.
Para esta formação sobre o diagnóstico de malária, a OIM esteve mais de uma vez no Polo Base de Xihupi, localizado entre os estados do Amazonas e Roraima, para ensinar a prática de leitura de lâminas e identificação do tipo da infecção, tratamento e o registro dos testes que são realizados casos. O objetivo era fortalecer as próprias comunidades no diagnóstico da infecção e ajudar nos cuidados, uma vez que a localização remota dificulta os acessos a atendimentos de saúde.
As atividades ocorreram com colaboração direta do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-Y), do Ministério da Saúde, Instituto Socioambiental (ISA), Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RR) e a Hutukara. Após o fim dos treinamentos, sete indígenas Yanomami de saúde foram certificados como microscopistas e nove, que haviam feito a capacitação anteriormente, receberam certificado de atualização.
“Primeiramente, vou agradecer. Conseguimos construir um caminho para estes jovens da comunidade e outros que futuramente também poderão ser microscopistas. Isso é resultado importante para os Yanomami. Recebemos um produto de muito trabalho. Sonhamos muito com isso. É importante porque eles podem ajudar o seu povo, ajudar nas gerações nas áreas de saúde e proteção. É fundamental demonstrarmos para a sociedade não-indígena a capacidade e inteligência dos Yanomami”, relatou o presidente da Hutukara, Dário Kopenawa Yanomami.
MANUAL – Junto com os certificados, a equipe de saúde da OIM entregou o Manual do Microscopista Yanomami para Diagnóstico de Malária, desenvolvido de forma inédita com os parceiros, permitindo maior entendimento sobre a doença e a atuação do profissional no tratamento à doença. O conteúdo é bilíngue, em Yanomae, uma das línguas predominante entre os participantes do curso, e em português.
No manual, o microscopista encontra os temas de ciclo e diferenciação do Plasmodium que causa a doença, técnicas da gota espessa, coloração de lâminas, biossegurança e orientações sobre o preenchimento dos formulários específicos de malária.
Além de terem participado da produção do conteúdo, os indígenas também produziram as ilustrações do manual, representando a vivência nas comunidades, como ocorrem as infecções pelo mosquito e o que é visualizado na lâmina no microscópio.
“Realizar essa formação e fazer com que as ações de saúde sejam exercidas por eles próprios é um marco histórico, não somente para a OIM, mas também para o povo Yanomami. Assim conseguimos fortalecer as capacidades dessa população para que consigam mais autonomia nos cuidados da comunidade. O manual redigido em Yanomae possibilita que mais pessoas das comunidades possam compreender o conteúdo”, explicou a coordenadora de saúde da OIM, Mariana Camargo.
As atividades da OIM no apoio ao povo Yanomami contaram com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).