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Primeiro Boletim sobre Saúde da População Migrante no Rio Grande do Sul é lançado em parceria entre a SES/RS, a OIM e a UCS

Porto Alegre — A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), a Organização Internacional para as Migrações – Agência da ONU para as Migrações (OIM/ONU) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS) lançam o primeiro Boletim Informativo relativo à Saúde da população migrante internacional residente no Rio Grande do Sul (RS) que acessa o Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo do Boletim, que poderá ser acessado por qualquer pessoa ou instituição interessada no tema, é disponibilizar dados e informações de saúde para fomentar a tomada de decisão. Para Rarianne Peruhype, uma das autoras do boletim e chefe da divisão de Monitoramento, Avaliação e Articulação de Redes de Atenção do DAPPS, “estudos dessa natureza são de grande importância, enquanto subsídio para a elaboração de diagnóstico, planejamento e direcionamento de ações estratégicas que visem à qualificação de políticas públicas destinadas a essa população”.

Dividido em três partes, o boletim apresenta inicialmente uma análise dos registros de Cartão Nacional de Saúde (CNS) desses usuários residentes no estado, incluindo informações sobre as nacionalidades e a distribuição no estado. Em seguida, é feita uma análise dos agravos de notificação compulsória que acometeram migrantes entre 2010 e 2020 e, por último, é apresentado um panorama da Covid-19 nessa população.

Dos 68.230 migrantes internacionais com CNS, nacionalidade identificada e residência no RS, identificou-se que a maioria é de Haitianos (17.244), seguidos dos Uruguaios (15.390 usuários), Venezuelanos (7.376 usuários), Argentinos (6.029 usuários) e Senegaleses (3.447 usuários).

“Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas reforçam, em sua meta 17.18, a importância da disponibilização de dados de qualidade e desagregados por marcadores relevantes, inclusive por status migratório” reforça Isadora Steffens, Coordenadora de Projetos da OIM. “Através do cruzamento de bases de dados que resultou neste Boletim, foi possível realizar esse exercício alinhado com as melhores práticas da agenda de desenvolvimento global”.

Aceda aqui ao boletim informativo.