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Pessoas em movimento sob um clima em mudança: unindo políticas, evidências e ação

Nika é a prefeita do remoto atol de Likiep. As Ilhas Marshall são vulneráveis ​​aos impactos das mudanças climáticas. Foto: Musa Mohammed / OIM 

Genebra - As mudanças climáticas estão reformulando os padrões de migração em todas as partes do mundo. Na ocasião da 27ª Conferência do Clima da ONU (COP27) no Egito, a Agência da ONU para as Migrações (OIM) pede por uma ação urgente sobre a mobilidade humana em contextos de mudança do clima, degradação ambiental e desastres. 

É hora de colocar em prática a densa rede de acordos feitos no contexto das negociações climáticas, redução do risco de desastres, governança migratória e outros processos relevantes. É de grande urgência que esses acordos sejam combinados com ações em campo em contextos nacionais e locais. 

Para apoiar os Estados e a comunidade internacional mais ampla nesta fase de implementação, a OIM lançou seu novo relatório-chave. De acordo com o Relatório Global sobre Deslocamentos Internos de 2022 do Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC, na sigla em inglês), desastres relacionados a riscos ambientais levaram a 23,7 milhões de deslocamentos internos. 

“Este relatório traça um caminho a seguir para dar às pessoas o direito de escolher e definir a mobilidade sob um clima em mudança”, afirma o Diretor-Geral da OIM, António Vitorino. 

“Não temos tempo a perder. Devemos acelerar a implementação destas soluções em nível local com as comunidades.” 

O relatório, intitulado Pessoas em movimento sob um clima em mudança: unindo políticas, evidências e ação (em tradução livre), disponível em inglês, oferece a comunidades, parceiros, governos e outras agências da ONU diretrizes para ampliar a implementação de ações adaptativas. 

As três recomendações incluem: 

  • Fornecer Soluções para as Pessoas Ficarem: Evitar e minimizar o deslocamento por meio da redução dos riscos de desastres e adaptações no local; 

  • Fornecer Soluções para Pessoas em Movimento: Minimizar e abordar melhor perdas e danos, incluindo deslocamentos por meio de ação antecipatória; e 

  • Fornecer Soluções para que as Pessoas se Movam: Promover uma migração segura e regular. 

Tendo esses mesmos objetivos já definidos na Estratégia Institucional da OIM sobre Migração, Meio Ambiente e Mudança do Clima 2021–2030, o novo relatório também destaca soluções práticas implementadas pela OIM e parceiros globais para inspirar formuladores de políticas a identificar e replicar boas práticas. 

Por exemplo, o engajamento com a comunidade em Burundi reduziu os riscos a assentamentos e moradias ligados a desastres naturais, além de movimentos populacionais. No Tajiquistão, a oferta de treinamento sobre adaptação às mudanças climáticas e sobre alfabetização e gestão financeira para mulheres que optaram por ficar as ajudou a canalizar suas remessas para a adaptação às mudanças climáticas e construção de resiliência. 

A OIM continua totalmente comprometida em se unir à comunidade internacional e tomar medidas urgentes para desenhar e implementar soluções sustentáveis ​​para ajudar e proteger aqueles que são mais afetados pelos impactos adversos das mudanças climáticas, degradação ambiental e desastres, incluindo migrantes e pessoas deslocadas internamente. 

Por meio de sua Divisão de Migração, Meio Ambiente e Mudanças do Clima, a OIM supervisiona, apoia e coordena o desenvolvimento de diretrizes políticas para atividades com uma perspectiva de migração, meio ambiente e mudanças climáticas. 

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Para mais informações: 

Divisão de Migração, Meio ambiente, Mudanças do Clima e Redução de Riscos, e-mail: mecrHQ@iom.int