Chisinau - Os governos da Moldávia e da Romênia, apoiados pela OIM, Agência da ONU para as Migrações, e pelo ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, organizaram a transferência de pessoas que fugiram da Ucrânia, incluindo nacionais de países terceiros, do Ponto de Passagem da Fronteira em Palanca, no sul da Moldávia, para a Romênia, em uma viagem de cerca de 230 quilômetros. O primeiro comboio partiu de Palanca na manhã de quinta-feira, 10, transportando 800 refugiados para Huşi na Romênia. 

Desde 10 de março, mais de 300 mil pessoas já fugiram da Ucrânia até a Moldávia, com 83 mil permanecendo no país. Muitos mais ainda devem cruzar a fronteira caso a situação no sudoeste da Ucrânia continue se deteriorando.  

“Somos gratos aos Governos da Moldávia e da Romênia e a todos os países que fazem fronteira com a Ucrânia pela rápida resposta e generosidade,” afirmou o Chefe de Missão da OIM em Maldóvia, Lars Johan Lonnback.  

“A prioridade número um é garantir que todos que fogem da guerra tenham proteção, abrigo, serviços de apoio e necessidades básicas, incluindo assistência psicossocial. O transporte seguro garantirá que as multidões não se acumulem nos pontos de passagem nas fronteiras e também ajudará a proteger mulheres e meninas dos perigos do tráfico de pessoas e da violência de gênero”. 

A OIM e o ACNUR na Romênia providenciaram 16 ônibus para levar os refugiados da Ucrânia e nacionais de países terceiros do Ponto de Passagem da Fronteira em Palanca, na Moldávia, até Albita, na Romênia, onde as Polícias de Fronteira moldavas e romenas seguirão com as formalidades de travessia. A operação ganhará ritmo e continuará até que a fronteira em Palanca seja descongestionada. 

Em Huși, o Departamento Romeno para Situações de Emergência organizou uma instalação de trânsito. De lá, os refugiados serão transferidos para outros pontos da Romênia, de acordo com suas respectivas necessidades. 

A OIM e o ACNUR estão discutindo com as autoridades da República da Moldávia sobre a abertura de novos pontos de passagem e estão fornecendo leitores de documentos móveis para garantir que as pessoas sejam registradas oficialmente. 

“Esta é uma iniciativa louvável e uma excelente demonstração de solidariedade com o povo e o Governo da República da Moldávia e também reflete a excelente colaboração com as autoridades romenas para enfrentar desafios urgentes”, afirmou o representante do ACNUR para a Europa Central, Roland Schilling. 

“A iniciativa dos dois países está muito alinhada com o compromisso global de compartilhamento de responsabilidades que o ACNUR sempre defendeu”. 

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