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OIM trabalha em apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasília - As inundações devastadoras e sem precedentes no Rio Grande do Sul que assolam o estado desde o final de abril revelam a dura realidade dos impactos dos desastres intensificados pela mudança do clima, ceifando vidas e deslocando comunidades. À medida que essas pessoas enfrentam a difícil calamidade pública e a perspectiva de reconstrução, suas vulnerabilidades aumentam.

Dessa forma, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, está trabalhando em conjunto e em coordenação com o Governo Federal, do Rio Grande do Sul e atores locais. A sua equipe está mobilizada para atender as demandas de apoio técnico referente à gestão de locais que estão recebendo as pessoas em necessidade de abrigamento, assim como ao diagnóstico da resposta de proteção social em realização pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

A nível mundial, pelo Comitê Permanente Interagências (IASC, na sua sigla em inglês), a OIM é líder do Grupo Global de Coordenação e Gestão de Abrigamento em casos de deslocamentos ocorridos por desastres naturais. O intuito é assegurar que as pessoas afetadas possam ter acesso a assistência vital e se abrigar em locais seguros, dignos e com instalações apropriadas enquanto necessário. Para promover a adaptação à mudança do clima e prevenir, mitigar e melhor responder aos desastres e ao deslocamento forçado de pessoas, a OIM trabalha continuamente com governos e seus parceiros na construção de soluções.

À medida que as discussões sobre mudança climática global da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima na Alemanha se aproximam em junho deste ano, com o objetivo de desenhar a agenda da Conferência das Partes (COP), torna-se evidente que as discussões sobre mudança do clima devem seguir avançando nas considerações sobre a mobilidade humana.

As enchentes no Rio Grande do Sul já afetaram mais de 1,4 milhão de pessoas em 417 municípios do estado, ocasionando a morte confirmada de 100 pessoas, deixando outras 128 desaparecidas e levando a mais de 229.000 pessoas a saírem de suas casas (dados Defesa Civil/RS, 8 de maio).