A OIM, Agência da ONU para as Migrações, intensificou seu apoio à Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (SEMSA) nas ações de prevenção do novo coronavírus e outras síndromes gripais entre as comunidades ribeirinhas e indígenas brasileiras localizadas às margens do Rio Negro, em Manaus (AM). Nas últimas semanas de janeiro, foram atendidas populações das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé e de Puranga Conquista, territórios de indígenas das etnias Baré, Tatuyo e Dessana, entre outras. 

As equipes de saúde da SEMSA e da OIM atuaram juntas para realização de testagem de COVID-19, orientação para prevenção contra a doença e atendimentos médicos gerais para populações ribeirinhas, indígenas e mistas das comunidades do São João do Tupé, Julião, Nossa Senhora do Livramento e Tatuyo. Ao total, foram realizados cerca de 100 atendimentos aos brasileiros.  

As ações foram divididas entre as organizações parceiras. Agentes de saúde da OIM realizaram consultas médicas com a população, enquanto funcionários da SEMSA ficaram responsáveis pela triagem e coleta para realização dos testes diagnósticos de COVID-19. As pessoas que tiveram resultado positivo receberam orientação médica específica sobre a doença e, quando necessário, prescrição de medicação para alívio dos sintomas.  

Os atendimentos médicos durante o diagnóstico representam maior atenção à saúde e capacidade da oferta dos serviços para a população, além do acompanhamento regular ao quadro clínico dos pacientes.  

“Nesse período de gripes, a frequência desses atendimentos é muito importante, porque consegue ajudar a comunidade a se sentir mais segura e protegida, sem precisar ir até capital [Manaus] buscar atendimento. Muitos moradores já conhecem a equipe da OIM e agradecem pelos serviços que são realizados junto com a comunidade”, destaca a vice-presidente da comunidade do S. J. do Tupé e Agente Comunitária de Saúde, Cleiciane Santos. 

O trabalho em conjunto com a comunidade gera ainda um grande impacto na qualidade de vida da população local, focando em ações de educação em saúde, visando a autonomia da população e maior atenção sobre as necessidades médicas.  

“Essa boa relação com a comunidade permite que possamos identificar e reforçar as informações sobre medidas de prevenção contra a COVID-19 e, principalmente, destacar a importância sobre a vacinação. Dessa forma, quem recebe esse conhecimento tem a oportunidade de passar essas informações adiante, tornando-os multiplicadores”, comenta a assistente de projetos de Saúde da OIM, Mariana Camargo. 

As atividades da OIM são financiadas pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).