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Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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OIM realiza roda de conversa entre indígenas brasileiros e venezuelanos sobre saúde e prevenção à COVID-19
Boa Vista e Manaus – A Organização Internacional para as Migrações (OIM) promoveu rodas de conversa com indígenas brasileiros e venezuelanos sobre cuidados com a saúde e medidas de enfrentamento à COVID-19. Os encontros ocorreram no início de junho no Instituto Insikiran, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), e nos abrigos Tarumã Açú 1 e 2, em Manaus.
Com foco na troca de experiências entre as diferentes etnias, a OIM convidou lideranças indígenas venezuelanas Warao e representantes indígenas roraimenses e amazonenses para o repasse de informações sobre cuidados em saúde e a etnomedicina, feita à base de plantas e enzimas, dentro da culturalidade do saber indígena.
Conforme a assistente de projetos de temáticas indígenas da OIM, Sandra Rodrigues, a roda de conversa possibilita que os Warao tenham oportunidade em ouvir outros indígenas sobre saúde e fortalece uma construção de conhecimentos. Os cuidados de prevenção à COVID-19 também são reforçados.
“A medicina tradicional faz parte da cultura de toda etnia, mas devemos reforçar alguns cuidados importantes que são universais durante a pandemia, como a lavagem frequente das mãos” frisa Rodrigues. “Os costumes dos Warao com a medicina tradicional é de serem reservados, faz parte da cosmologia e identidade deles, mas se mostram abertos a ouvir um conhecimento novo de etnias diferentes”, complementa.
Nas reuniões, os grupos assistiram a um vídeo feito pela OIM em linguagem Warao sobre medidas de prevenção à COVID-19, e compartilharam diferentes perspectivas sobre a vivência Warao e seus contatos com a realidade brasileira, assim como pontuaram sobre as políticas públicas em saúde para os povos originários.
Em Boa Vista, houve a participação da coordenadora Wapichana de medicina tradicional do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Oneide Gomes, que atua em 11 regiões do estado com oficinas sobre a temática. “O convite é uma grande oportunidade, pois estamos muito preocupados como a pandemia está afetando os indígenas, incluindo os venezuelanos. Como cada etnia tem um saber diferente, eu ensino e aprendo ao mesmo tempo, respeitando cada cultura”, complementa.
No Amazonas, o palestrante Yuri Magno, da etnia Sateré Mawé e conhecedor e praticante da medicina dos povos Apurinã, descreveu sobre a experiência com a produção, manipulação e conservação dos remédios tradicionais, além de comentar sobre o contato com outras etnias brasileiras.
Para a conselheira do DSEI Patrícia Oliveira, o encontro permite o conhecimento de novas culturas étnicas que chegam em território brasileiro através do contexto migratório. “Isso é fundamental para sairmos com novas visões para melhorarmos e discutirmos sobre políticas públicas”, afirma.
Em Boa Vista, a roda de conversa contou com representantes da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Fraternidade Internacional e da Fundación Panamericana para el Desarrollo (FUPAD).
Em ambos os estados, todas as medidas de segurança foram tomadas, com uso de máscara e distanciamento físico, e houve também a participação de tradutores.
As atividades da OIM realizadas com indígenas Warao contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.