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Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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OIM e Rede Clima promovem o seminário “Migração, Deslocamento e Realocação Planejada relacionados à Mudança do Clima”
Brasília – Com o objetivo de contribuir para a sistematização da pesquisa científica existente sobre os variados aspectos da mobilidade humana no contexto da mudança do clima em diferentes regiões do Brasil e incentivar o diálogo entre pesquisadores de diversas áreas, a OIM, Agência da ONU para as Migrações e a Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) realizaram o seminário “Migração, Deslocamento e Realocação Planejada relacionados à Mudança do Clima”. O evento aconteceu nos dias 26 e 27 de agosto, no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília (DF).
De acordo com o sexto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima (IPCC), a migração, quando apoiada de maneira adequada e quando os níveis de agência e recursos são altos, pode atuar como uma resposta eficaz à mudança do clima, reduzindo a exposição e a vulnerabilidade socioeconômica.
“A ciência brasileira, de reconhecida excelência, tem muito a contribuir para o avanço do conhecimento sobre a migração, deslocamento e realocação planejada relacionados à mudança do clima de maneira a subsidiar soluções baseadas em evidências para os muitos desafios que esta realidade nos coloca, com atenção aos temas de equidade e justiça climática para não deixar ninguém para trás” frisou Paolo Giuseppe Caputo, Chefe de Missão da OIM Brasil.
A importância do compartilhamento de conhecimentos e informações também foi ressaltada pelo diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Osvaldo Moraes. “A capacidade de promover o diálogo entre a ciência e os tomadores de decisão é um tema importantíssimo que deve ser explorado, isso nos permitirá entender como podemos utilizar o conhecimento científico para adotar as melhores práticas na tomada de decisões”, destacou.
A programação do evento foi estruturada em torno de aspectos da mobilidade climática que têm ganhado destaque nas últimas décadas. Com base em evidências que demonstram como a mudança do clima impacta a mobilidade humana de formas variadas, influenciadas por fatores como gênero, raça, idade, fatores econômicos, entre outros, o evento se propôs a discutir estas interseções e como elas se manifestam, especialmente no Brasil.
O país vem enfrentando uma intensificação de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e tempestades intensas, que afetam tanto a vida da população quanto a economia, influenciando as decisões migratórias. Entre 2012 e 2022, segundo o Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC, na sigla em inglês), foram registrados 2,3 milhões de deslocamentos internos no contexto de desastres, com um aumento expressivo em 2022 e 2023.
“Quem mais sofre com o aumento da frequência desses eventos climáticos extremos é a população vulnerável, em destaque para os povos e comunidades tradicionais que estão menos protegidos a esses fenômenos. Nós estamos provocando a academia e os pesquisadores para que se envolvam mais com esse tópico, que depende essencialmente de boas políticas públicas”, afirmou o coordenador da Rede Clima, Moacyr Araújo.
As lacunas presentes na pesquisa científica também foram levadas em consideração durante as atividades, com a intenção de promover debates que mostrassem a importância da produção de evidências para aprofundar o conhecimento sobre o tema e subsidiar a construção de políticas públicas baseadas em direitos humanos e centradas nas pessoas.
“Esse aporte do conhecimento científico que também estabelece uma agenda de trabalho e de pesquisa ajuda a identificar e trazer evidências para que a ação pública, assim como os recursos e capacidade limitada do poder público possam ser devidamente direcionados para uma agenda climática que seja efetiva e que faça diferença na vida das pessoas”, explicou o diretor do Departamento de Políticas de Mitigação, Adaptação e Instrumentos de Implementação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Aloisio Lopes Pereira de Melo.
As transmissões online dos dois dias de evento podem ser conferidas na íntegra pelo link.