-
Quem somos
Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
Sobre
Sobre
OIM Global
OIM Global
-
Nosso trabalho
Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
O que fazemos
O que fazemos
Transversal (global)
Transversal (global)
- Dados e Informações
- Contribua
- 2030 Agenda
OIM e MDS divulgam resultados da Matriz de Monitoramento realizada em todos os municípios de Roraima
Boa Vista – A OIM, Agência da ONU para as Migrações, e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgaram nesta quinta-feira (23) os resultados da 7ª rodada da Matriz de Monitoramento de Deslocamento (DTM, em inglês) referente aos dados coletados entre os meses de novembro e dezembro de 2022. Esta é a primeira vez que o levantamento é realizado em todos os 15 municípios de Roraima. A Apresentação foi feita no evento “Migração Venezuelana em Números”, promovido pelas organizações na Universidade Federal de Roraima (UFRR).
Desenvolvida globalmente pela OIM, a DTM é a sua principal ferramenta que reúne e analisa os dados sobre a mobilidade e as vulnerabilidades das pessoas em deslocamento. A pesquisa é feita por meio de entrevistas, permitindo que as informações sejam sistematizadas em diversos níveis para apoiar na criação de políticas públicas baseadas em evidências. Em Roraima, a Agência da ONU faz o monitoramento desde 2017 com refugiados e migrantes venezuelanos.
Nesta rodada, realizada com o MDS e com o apoio da Pastoral dos Migrantes e da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) de Roraima, além do fluxo migratório, foram levantadas informações sobre o perfil sociodemográfico dos venezuelanos estabelecidos no estado, incluindo informações sobre meios de vida, alimentação, moradia e saúde.
“Para que possamos ajustar a atuação da resposta humanitária às necessidades de refugiados e migrantes são necessárias informações e evidências de qualidade. Isto contribui para que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome continue trabalhando incansavelmente para garantir a acolhida de migrantes e refugiados venezuelanos em sintonia com os princípios e seguranças do Sistema Único de Assistência Social-SUAS”, Niusarete Lima, coordenadora do Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização (SUFAI).
A pesquisa engloba mais de 5.000 pessoas cujos dados foram obtidos por mais de 1350 entrevistas individuais com pessoas que representavam também seus núcleos familiares. Para alcançar todas as localidades roraimenses, a equipe contou com o suporte das Secretarias Municipais que apoiaram com entrevistadores e informações sobre os municípios.
Entre os resultados obtidos, destacam-se:
PERFIL DEMOGRÁFICO
-
50% homens, 50% mulheres
-
Idade média: 24 anos de idade
-
Escolaridade: 43% possuem o Ensino Médio completo
-
Raça: 62% se identificam como negros e pardos
MIGRAÇÃO
-
68% das pessoas viajaram em grupo
-
95% não querem deixar o Brasil
-
77% da população pesquisada possui autorização de residência no Brasil
TRABALHO E RENDA
-
83% da população ocupada está alocada em atividades no setor informal.
-
54% recebiam benefícios sociais no momento da realização da pesquisa. Dessas, 81% recebiam o Auxílio Emergencial ou Bolsa Família
-
47% das pessoas entrevistadas enviam algum tipo de recurso para a Venezuela.
MORADIA
-
78% residem em moradias alugadas.
-
39% das pessoas entrevistadas afirmaram não ter assegurado um lugar para viver no mês seguinte.
SAÚDE
-
59% relataram que alguém do seu domicílio, incluindo a si próprio, precisou de atenção médica nos últimos 3 meses.
-
81% receberam atendimento de pré-natal no Brasil.
O levantamento também apontou que 27% dos entrevistados informaram terem sofrido algum tipo de discriminação, sendo principalmente por conta da nacionalidade (89%) ou situação econômica (7%).
“A OIM está engajada em aumentar as informações e conhecimentos sobre a população refugiada e migrante venezuelana que escolheu o Brasil como país como residência. Essa rodada da DTM é extremamente relevante para fomentar políticas públicas e a atuação dos atores na resposta humanitária, sendo possível entender o contexto e perfil desse grupo”, disse a coordenadora de emergência da OIM, Maria Oliveira Ramos. “Seguimos fortalecendo nossos processos e capacidades na gestão da informação para promoção de dados oficiais sobre o fluxo venezuelano”, complementou.
Além das rodadas em Roraima, a OIM também conduziu a pesquisa sobre a população venezuelana em Manaus e no Maranhão, com foco na população indígena de etnia Warao, além de duas rodas nacionais específicas sobre a população venezuelana indígena (a segunda a ser publicada).
EVENTO – Além da apresentação dos dados da Matriz de Monitoramento e Deslocamento, a OIM levou informações sobre as demais atividades desenvolvidas pela equipe no contexto da Operação Acolhida, resposta humanitária do governo brasileiro ao fluxo venezuelano, como os levantamentos mensais sobre interiorização e migração venezuelana, feitos em apoio aos subcomitês da emergência.
O evento contou com a participação de organizações da sociedade civil, comunidade acadêmica e público geral, que puderam entender mais sobre as ações e sistematizações de monitoramento da população no contexto migratório em Roraima.
CONSULTE AQUI A 7ª RODADA DA DTM
Essas atividades da OIM contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.