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Quem somos
Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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OIM apoia reunião de mais 23 pessoas que estavam retidas no Acre devido à pandemia
Brasília – A Organização Internacional para as Migrações (OIM) apoiou mais uma vez a reunião familiar de refugiados e migrantes retidos no Acre devido à pandemia de COVID-19. Na última semana de julho, cinco famílias da Venezuela, reunindo 23 pessoas, que se encontravam nas cidades de Assis Brasil e de Rio Branco (AC) puderam deixar o estado em segurança e se reencontrar com parentes já instalados no Brasil nos estados do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e da Bahia.
Com as restrições temporárias de deslocamento ocasionadas pela COVID-19, diversas pessoas que estavam no Brasil tiveram dificuldades para completar suas viagens para outros destinos. Muitos ficaram retidos no Acre, na fronteira com Peru e Bolívia, e necessitaram apoio com abrigamento, alimentação e transporte interno.
Esse é o caso da venezuelana Maria, que encontrou seu irmão no dia 31 de julho em Salvador (BA). Depois de três meses na casa de passagem Otonel de Souza Martins Oliveira no município de Assis Brasil, decidiu que a melhor opção seria deixar o estado e seguir para o Bahia, onde contará com apoio da família que já está estabelecida no Brasil.
“Há dois anos saí da Venezuela. De Barranquilla, Colômbia, com a ajuda da OIM, cheguei ao Peru para me juntar aos meus filhos, mas decidimos deixar o país e encontrar a minha irmã que já morava no Brasil. Ela disse que aqui teríamos melhores oportunidades de vida. Estou viajando com meus filhos, minhas noras e netos, todos juntos em família.”
Para a conterrânea Maria Vitória, a história não é muito diferente. Ela e os dois filhos deixaram o Peru para se reencontrarem com uma prima que mora em Caxias do Sul (RS).
“No início da pandemia estava em Tumbes, Peru, mas depois de dois anos acabei ficando sem trabalho. Decidi vender o pouco que tinha e tentar a reunificação familiar com meus parentes que viviam no Rio Grande do Sul. Depois de chegar a Assis Brasil, acabei adoecendo e fui acolhida no abrigo da prefeitura, onde recebi apoio para o meu tratamento. Agora, vamos seguir viagem”, contou a venezuelana Maria Vitoria antes do embarque.
A OIM desde o início da pandemia tem trabalhado em conjunto com a Prefeitura de Assis Brasil, o Governo do Estado do Acre e o Governo Federal, assim como organizações da sociedade civil, para mitigar os impactos da pandemia e aliviar a pressão sobre os abrigos próximos à fronteira, oferecendo orientação e passagens para as cidades onde estes refugiados e migrantes têm familiares e amigos. Ao todo, 33 pessoas de diferentes nacionalidades que estavam no estado já foram apoiadas com transporte voluntário.
A atuação da OIM no estado do Acre também beneficiou mais de 1.200 pessoas com assistência direta. Já foram doadas 4,5 toneladas de alimentos a organizações da sociedade civil responsáveis pelo abrigamento dos refugiados e migrantes retidos no estado. Além da comida, foram entregues 101 vales-alimentação que permitiram aos beneficiários adquirir diretamente mantimentos e itens de primeira necessidade. Outras 317 pessoas receberam cestas básicas e kits de higiene, em ação realizada com o apoio da Cáritas.
Para facilitar o acesso à informação, a OIM e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulgam de maneira coordenada informações sobre as restrições de viagem devido à pandemia nas redes sociais para orientar refugiados e migrantes.
“A pandemia trouxe impactos que vão além da área da Saúde. Esperamos com essas ações apoiar as autoridades locais e o Governo Federal a mitigar algum deles, e auxiliar as pessoas que tiveram suas viagens interrompidas a se reencontrarem com seus familiares de modo seguro, tendo um pouco mais de conforto nesse período extremamente difícil”, destaca Guilherme Otero, coordenador de projetos da OIM.
As ações da OIM no Acre são realizadas com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.