Notícias
Global

OIM: Ações ambiciosas e concretas são necessárias para evitar que os impactos climáticos se tornem piores

Um jovem carrega um galão de água em um assentamento informal que abriga quase 3 mil pessoas deslocadas em Dollow, na Somália. Foto: Claudia Rosel/ OIM 2022 

Nova Iorque - A Agência da ONU para as Migrações (OIM) pede ações concretas para prevenir, evitar e minimizar os riscos de desastres climáticos antes da Reunião de Alto Nível para a Revisão Intercalar do Marco de Sendai, em Nova Iorque, de 18 a 19 de maio. 

As mudanças climáticas estão reformulando os padrões de migração em todo o mundo. Os desastres são a principal causa de deslocamentos internos. No ano passado, 32,6 milhões de novos deslocamentos internos foram causados por desastres (IDMC, Global Report on Internal Displacement 2023). À medida que a frequência, a duração e a intensidade dos riscos naturais se agravem no contexto das mudanças climáticas, o número de desastres climáticos deverá aumentar consideravelmente. 

O Relatório de Avaliação Global do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR, em inglês) prevê que até 2030, 560 desastres ocorrerão anualmente - mais de 1,5 desastre por dia. O relatório alerta para um aumento de 30% nas secas e um aumento triplo no número de eventos extremos de temperatura com efeitos terríveis sobre os países mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. 

"Dada a escala do estado de emergência climática que o mundo enfrenta, investir em sistemas de alerta precoce e gestão de riscos de desastres e programação de mitigação e adaptação, para aqueles que não terão escolha a não ser se deslocar, é um investimento para o futuro" declarou a Vice-Diretora-Geral de Operações da OIM, Ugochi Daniels. 

"É necessária uma liderança ambiciosa e coordenada por parte dos Estados para proteger as comunidades dos piores impactos das mudanças climáticas através de medidas de adaptação e do fortalecimento da resiliência." 

A OIM está atualmente implementando mais de 200 projetos relacionados à redução de riscos e adaptação às mudanças climáticas em regiões que enfrentam algumas das piores crises humanitárias do mundo, incluindo o Sudão, Turquia, Paquistão, Etiópia, Afeganistão, Bangladesh, República Democrática do Congo, Somália, Moçambique, Sudão do Sul e Nigéria. 

Para salvar vidas e prevenir perdas e danos causados por desastres que podem ser evitados, a OIM está em parceria com a UNDRR, a Organização Meteorológica Mundial, a União Internacional de Telecomunicações e a Federação Internacional da Cruz Vermelha com o objetivo de implementar a iniciativa Alertas Precoces para Todos, lançada na COP27 do ano passado, que aconteceu no Egito. 

A OIM pede a todos os governos e partes interessadas para que avancem de questões sobre riscos climáticos para questões sobre o desenvolvimento resiliente ao clima, a fim de abordar o risco de desastres diante das mudanças climáticas. A OIM está empenhada em transformar as dimensões da mobilidade da redução do risco de desastres em ações concretas, para garantir a segurança e proteção de migrantes e pessoas deslocadas em todos os lugares. Caminhos para uma migração segura, ordenada e regular são uma parte crítica do desenvolvimento de soluções sustentáveis. 

O Pacto Global para a Migração Segura, Ordenada e Regular (GCM) contém vários compromissos intergovernamentais relativos à migração no contexto das mudanças climáticas, minimizando os fatores adversos que obrigam as pessoas a se deslocarem e aumentando a disponibilidade de caminhos para a migração regular. 

A abordagem institucional da OIM para o deslocamento por desastres e para a mobilidade humana por motivos climáticos inclui uma programação sobre preparação, resposta e soluções. 

Mais informações sobre o envolvimento da OIM na Revisão Intercalar do Marco de Sendai podem ser encontradas aqui.    

***

Para mais informações, entre em contato: 

Divisão de Migração, Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Redução de Riscos, mecrHQ@iom.int   

Oficial de Comunicações da OIM para Mudanças Climáticas e Migração, Chloé Lavau, clavau@iom.int