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Nova Rede sobre Migrantes Desaparecidos nas Américas visa impulsionar ações para salvar vidas de migrantes

Otilia, uma mãe hondurenha, olha para um retrato de seu filho Arnold, que desapareceu em sua jornada de migração pelo México. Foto: OIM/Ismael Cruceta 2023.

Genebra/San José - Milhares de pessoas estão morrendo atravessando desertos, rios e áreas remotas nas Américas; o Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM, Agência da ONU para as Migrações, documentou 1.433 mortes em 2022, o maior número desde o início do projeto em 2014. 

Em um esforço para salvar vidas, melhorar a coleta de dados e apoiar as famílias dos sobreviventes, o Global Data Institute (GDI) da OIM, que supervisiona o Projeto Migrantes Desaparecidos, em parceria com as atores-chave, inaugura, nesta semana, a primeira Rede sobre Migrantes Desaparecidos nas Américas, com o objetivo de fortalecer o conhecimento e as capacidades regionais para enfrentar a tendência crescente de mortes e desaparecimentos de migrantes.  

"Quando as pessoas têm acesso a vias seguras e regulares de migração, aumenta a probabilidade de que elas possam contribuir para a prosperidade econômica em casa e em seus locais de destino", disse o diretor do GDI, Koko Warner. "A falta de vias regulares muitas vezes tem resultados trágicos e é uma oportunidade perdida." 

"O objetivo dessa rede é criar uma comunidade de conhecimento e trabalho que compartilhe dados atualizados e confiáveis sobre migrantes desaparecidos para contribuir com políticas baseadas em evidências."  

A rede reúne organizações da sociedade civil, instituições governamentais, jornalistas e outros atores-chave. A primeira sessão, nesta quarta-feira (29 de março), se concentrou nos desafios que as famílias da América Central enfrentam na busca de seus entes queridos desaparecidos. O encontro também proporcionou uma oportunidade para os participantes discutirem o papel da rede na influência da agenda pública e política.  

O número exato de pessoas que morrem em trânsito nesta região é desconhecido, mas registros compilados pelo Projeto Migrantes Desaparecidos indicam que, entre 2014 e 2022, pelo menos 7.495 pessoas perderam a vida na região.   

A rede também visa fortalecer as capacidades nacionais e regionais para a coleta e troca de dados sobre mortes e desaparecimentos de migrantes e busca emitir recomendações para preveni-los, buscar e identificar os falecidos, além de prestar apoio e reparação às suas famílias. Ademais, a rede também facilitará a criação de alianças estratégicas entre os participantes, realizando investigações conjuntas e outras iniciativas.  

A rede consiste em participantes em ‘Cafés Virtuais', uma iniciativa do Projeto Migrantes Desaparecidos criada em 2020. Até o momento, os Cafés continuam sendo o único espaço nas Américas onde representantes de organizações da sociedade civil, pesquisadores e representantes de instituições governamentais e intergovernamentais se reúnem especificamente para discutir questões relacionadas a mortes e desaparecimentos de migrantes.  

O Projeto Migrantes Desaparecidos convida organizações e indivíduos interessados a participarem desta iniciativa e a unirem esforços para abordar os desafios enfrentados pelos migrantes nas Américas.  

Clique aqui para assistir à sessão. 

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Para mais informações, entre em contato:  

Na OIM GMDAC:  

Jorge Galindo, Tel: +4915226216775, E-mail: jgalindo@iom.int  

Na sede da OIM:  

Diego Pérez Damasco, Tel: +41795827235, E-mail: diperez@iom.int