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Ministério dos Povos Indígenas, Funai e OIM realizam oficina de validação de curso EaD sobre população indígena em mobilidade no Brasil

Brasília - O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Agência da ONU para as Migrações (OIM) realizaram a oficina de validação do curso a distância “População Indígena em Mobilidade do Fluxo Venezuelano e Outros no Brasil” nesta terça-feira (27/2). O curso conta com o apoio da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que disponibilizará a formação em sua Plataforma de Ensino a Distância (EaD). A oficina de validação é uma das etapas de finalização do curso, na qual os atores institucionais podem trazer suas contribuições para o conteúdo e formato, de acordo com a sua área de expertise. 

O evento contou com a participação de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Defensoria Pública da União (DPU) e o Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam) da Universidade de Brasília (UnB). Durante o encontro, os participantes puderam compartilhar ações e conhecimentos para construir, aprimorar e enriquecer o material do curso. 

Segundo a presidenta-substituta e diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta Andrade de Oliveira, esse é um grande passo para qualificar a atuação dos atores das redes socioassistenciais no atendimento dos indígenas que estão em situações de deslocamento. Ela frisou que esse é um trabalho desafiador, razão para a Funai, MPI e OIM terem unido forças, e pontuou a necessidade de se pensar políticas para os indígenas que vivem nas regiões de fronteira. “Precisamos qualificar a nossa atuação e educar as instituições de assistência social”, sugeriu.    

Já o diretor-substituto de Promoção de Política Indigenista do MPI, André Baniwa, salientou que a documentação é uma grande questão enfrentada pelos indígenas migrantes no território brasileiro. Ele também lembrou que os indígenas frequentemente saem de seus países de origem para o Brasil em busca de melhores condições de vida.  

A assessora especial do chefe de missão da OIM Brasil, Socorro Tabosa, ressaltou que a população indígena dispõe de especificidades e precisa ser atendida adequadamente. “Por esse motivo que hoje estamos compartilhando e abrindo para a discussão com todos a elaboração de um curso cuja missão é discutir um tema amplo e transversal que é a mobilidade indígena”, disse.  

A previsão é de que o curso esteja disponível para o público em geral ainda neste ano. A formação terá como objetivo preparar os atores das redes socioassistenciais, como servidores públicos, trabalhadores humanitários e pesquisadores, que trabalham no atendimento e na elaboração de ações e políticas públicas voltadas para a população indígena em mobilidade internacional ou interna no Brasil. 

Grupo de pessoas sorri para a foto

Com informações da Funai