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Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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'Minha vida mudou': OIM apoia validação de Carteiras de Habilitação para 40 refugiados e migrantes, em Boa Vista
Boa Vista – A Organização Internacional para as Migrações (OIM) deu suporte para validação de carteiras de habilitação brasileiras para 40 refugiados e migrantes venezuelanos em Boa Vista. A iniciativa ocorre para apoiar a Estratégia de Interiorização, do Governo Federal, nas vagas em aberto na modalidade de Vaga de Emprego Sinalizada (VES) para motoristas de cargas pesadas.
Para a emissão, o consulado venezuelano facilitou a documentação necessária aos venezuelanos e a OIM buscou a tradução juramentada da carteira. Depois disso, a Organização iniciou o processo no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RR).
Os novos motoristas passaram por três exames para adquirir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sendo o psicotécnico, oftalmológico e o toxicológico para categoria D. Depois dessa etapa, a emissão é feita e com o prazo de validade de 10 anos para poder exercer atividade remunerada.
“Vimos que existia essa demanda, porém, havia ainda uma dificuldade para emitir a carteira em outras cidades após a interiorização. Por isso, realizamos o processo em Boa Vista, antes das viagens. Hoje vemos que isso também impactou as pessoas que ficaram em Roraima, pois já conseguiram empregos por aqui. Isso é muito significativo, mostrando que há possibilidades em todo o território nacional”, afirma a assistente de Integração Socioeconômica da OIM, Tainá Aguiar.
Danny e Nixon estão entre os 40 refugiados e migrantes venezuelanos que receberam a carteira de habilitação brasileira. Ao atravessar a fronteira do Brasil com a Venezuela, no município de Pacaraima, Danny ainda não imaginava os passos que tomaria em território roraimense. No extremo norte do país, a possibilidade de uma nova vida para ele e a família motivaram a estabilidade na capital de Boa Vista.
Na cidade, foi empregado como ajudante de depósito em uma empresa com a carteira de trabalho assinada. A rotina no cargo seguiu com o passar do tempo, até o dia que recebeu a notícia da promoção para se tornar gerente, graças a apresentação da habilitação para dirigir automóveis.
“Me beneficiou muito. Antes, eu ganhava um salário mínimo e quando peguei minha CNH, passei a receber o equivalente a dois salários. É uma porta de entrada para novas oportunidades. Só tenho o que agradecer, minha vida mudou”, disse Danny.
O documento brasileiro também significou novos rumos para Nixon. Saído de El Tigre há dois anos, se apaixonou por uma roraimense e teve uma filha. Para sustentar a família, ficou empregado com carteira assinada até ter em mãos a CNH, que permitiu alugar um carro e trabalhar como motorista de aplicativo há cinco meses.
“É uma chance de ter outras oportunidades de emprego. Vejo que tudo isso deu resultado. Foi graças a todo esforço das pessoas que olharam por nós. Em Roraima, tenho uma vida e família. A meta que eu tenho é comprar o meu carro um dia e acredito que vou conseguir”, conclui.
CELEBRAÇÃO – Para comemorar a entrega das CNHs, a equipe da OIM promoveu uma pequena celebração com os motoristas na sede Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no início do mês.
No evento, eles puderam tirar as últimas dúvidas sobre a legislação brasileira e a manutenção da carteira antes de desfrutarem um café da manhã em comemoração. A organização fará o monitoramento para saber como estão no mercado de trabalho.
Essas atividades contaram com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.