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Formação para mulheres refugiadas e migrantes estimula diversidade no setor offshore

Foto: Firjan SENAI SESI

Foto: Firjan SENAI SESI

Foto: Firjan SENAI SESI

Rio de Janeiro – A OIM, Agência da ONU para as Migrações, a empresa TechnipFMC e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan SENAI SESI) se uniram para ofertar um curso de capacitação profissional voltado para o setor offshore de petróleo e gás a 25 mulheres que vieram de outros países e residem no Rio de Janeiro. 

A formação, iniciada em setembro, é gratuita e presencial, com duração de seis meses.  Ao final do curso, as mulheres irão receber um diploma de Operadora Industrial e terão a oportunidade de serem selecionadas pela TechnipFMC para trabalharem nas embarcações da empresa. 

Além da capacitação técnica, será realizado um treinamento de desenvolvimento humano, com objetivo de fortalecer as competências socioemocionais das alunas. Vindas de Angola, Colômbia e Venezuela, elas terão aulas sobre identidade, autocuidado, direitos no Brasil e preparação para entrevistas de emprego, entre outras. O conteúdo é transmitido por uma equipe multidisciplinar de assistentes sociais e psicólogos da Divisão de Projetos Integrados em Responsabilidade Social da Firjan.   

“O trabalho da Firjan SENAI SESI tem se baseado no fortalecimento da diversidade nas empresas, e principalmente a inclusão de gênero na operação industrial. Essas ações são pautadas conjuntamente nesse projeto, pois oferece uma base técnica forte com a formação do SENAI integradas as competências socioemocionais que o SESI realiza. Isso faz que essa mulher migrante, possa estar preparada para este novo universo de trabalho e cultura, ao mesmo tempo que fortalece as competências de sua trajetória”, explicou a Coordenadora da Divisão de Projetos Integrados de Responsabilidade Social da Firjan, Eliane Damasceno. 

Uma das alunas do curso, a venezuelana Keila, reside há oito anos no Brasil e destacou a importância da iniciativa. “É um dos projetos mais bem estruturados que participei aqui no Brasil, com ele posso achar caminhos para me inserir no mercado de trabalho, porque envolve um conjunto de instituições com um plano inclusivo dando sentido à participação de mulheres. É algo transformador!”, resumiu. 

O coordenador de projetos da OIM Diogo Félix ressaltou a importância da articulação multissetorial para o projeto. “A OIM trabalha com o Conselho Empresarial de Mulheres da Firjan e outros atores do setor privado para desenvolver iniciativas robustas que impulsionem a integração socioeconômica de mulheres migrantes no Rio de Janeiro. O curso é fruto dessa parceria e certamente resultará em impactos positivos para a TechnipFMC e para as participantes, assim como para as suas famílias no Brasil e em seus países de origem”, disse. 

Inclusão e oportunidade – Keila é natural de Valencia, cidade próxima ao litoral venezuelano, o que explica o forte simbolismo que o mar tem para ela, que tem o sonho de reunir novamente sua família. “Tenho uma tatuagem de uma baleia e uma onda no braço, escrito ‘saudade é amor’. Porque é um sentimento que me motiva nessa formação, para me capacitar, ajudar minhas colegas e possibilitar que minha família venha viver com segurança aqui. Meu plano é me estabilizar e retribuir tudo que este país nos oferece”, concluiu. 

Uma das líderes do setor de energia, a empresa TechnipFMC direcionou seus esforços em promover a formação conjunta direcionada para mulheres migrantes de modo a promover um espaço mais inclusivo e diverso em seus locais.   

“Acreditamos que colaboradores com diferentes experiências, nacionalidades e gêneros enriquecem a nossa cultura, impulsionam a inovação e fortalecem o nosso posicionamento. Temos um foco especial na liderança feminina, com o objetivo de impactar positivamente a cultura organizacional e transformar a nossa indústria, promovendo mais igualdade de gênero em todos os níveis hierárquicos”, afirmou a gerente de People & Culture Vanessa Pinto. A empresa espera que a partir de março de 2024, possa incorporar algumas das participantes no seu quadro de funcionários. 

Com informações de: 

Firjan 

TechnipFMC