Notícias
Local

Feira de economia criativa em Manaus conta com a participação de empreendedores venezuelanos

Feira economia. ©Claudio Trindade

Manaus – Cultura, gastronomia, artesanato, shows ao vivo e lazer fazem parte da programação da primeira edição da feira “Povos Criativos: Feira de Economia Criativa”, organizada Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), do Governo do Estado do Amazonas. A Feira, que acontece aos domingos até o dia 19 de dezembro, conta com a participação de refugiados e migrantes venezuelanos apoiados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

“Reunimos os profissionais e convidamos toda a população para prestigiar os nossos artistas, artesãos, trabalhadores da economia criativa e da cultura, para que dessa forma possam nos auxiliar, nesse momento de retomada da economia do segmento”, comentou o secretário de estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz. 

A iniciativa faz parte do programa +Cultura, que visa impulsionar o mercado de empreendedores no Amazonas. O evento conta com um circuito de atividades de vários segmentos, havendo uma praça de alimentação para degustar da culinária, artesanato (indígena e não-indígena), atividades recreativas para crianças, jogos eletrônicos, visitas abertas no Museu do Homem do Norte e apresentações artísticas ao vivo. O espaço recebe também rodas de conversas sobre sustentabilidade e empreendedorismo.

Ações como essa ajudam a fortalecer a qualificação profissional e fomentar parcerias de negócios para os empreendedores. “A OIM tem contado com parceiros para capacitar e apoiar as iniciativas de empreendedorismo dos refugiados e migrantes venezuelanos e gerar valor em seus negócios. Essas articulações ressaltam o impacto positivo da migração, que beneficia não só os migrantes, mas também as comunidades de acolhida”, destaca a coordenadora do escritório da OIM em Manaus, Jaqueline Almeida.

Em razão da pandemia, muitos empreendedores tiveram um impacto na renda familiar, sendo a Feira de Economia Criativa uma oportunidade de retomar as atividades. “O empreendimento que tenho aqui é um negócio familiar, onde minha mãe e minha irmã costuram e fazem o trabalho. Eu comercializo o produto. Então uma feira como está é importante porque ajuda a fortalecer economicamente o núcleo familiar. Além disso, temos o apoio da OIM para termos um desenvolvimento econômico que nos permite melhorar a integração aqui no Brasil”, comenta a artesã venezuelana Terida Muñoz.

INTEGRAÇÃO SOCIOECONÔMICA - Este é o segundo evento em que empreendedores refugiados e migrantes venezuelanos contam com o apoio da OIM, sendo o primeiro a realização da Feira Internacional de Empreendedores (FIE), em outubro, que teve a participação de 30 empreendedores venezuelanos, haitianos e colombianos e recebeu mais de 400 visitantes em dois dias de evento. Todos os expositores realizaram um ciclo de capacitações, ofertado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL – A equipe técnica do Sebrae propôs, ainda, aconselhar e auxiliar no processo de emissão de titularidade de Microempreendedor Individual (MEI) para os refugiados e migrantes que tenham interesse nesta titularidade, a fim de facilitar a formalização de pessoas que trabalham de maneira autônoma.

As ações da OIM são realizadas com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos.