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Evento promove serviços e direitos básicos à população refugiada e migrante venezuelana LGBTQIA+, em Boa Vista

Foto: OIM/Ana Paula Lima 

Boa Vista – Informativos sobre saúde sexual e reprodutiva, violência e regularização migratória e testagem rápida para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O dia foi repleto de atividades para os refugiados e migrantes venezuelanos presentes na ação promovida pela Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado de Roraima (ATERR).

As atividades foram organizadas no final de maio no Posto de Recepção e Apoio (PRA), na capital boa-vistense, em alusão ao Dia Internacional Contra a LGBTQIA+fobia. A data, celebrada no dia 17 de maio, tem o intuito de conscientizar sobre a diversidade e evitar todas as formas de preconceito. Organizações da sociedade civil, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, e outras agências das Nações Unidas também apoiaram a comemoração.

De acordo com a diretora financeira da ATERR, Rebecka Marinho, o evento foi pensado com objetivo de levar suporte à população LGBTQIA+ venezuelana que ainda encontra barreiras para acessar serviços básicos, principalmente relacionados à saúde.

“Muitos ainda não possuem conhecimento sobre direitos no Brasil e questões de identidade e gênero. A nossa ideia em realizar eventos dentro dos espaços de convivência de pessoas refugiadas e migrantes é quebrarmos alguns tabus e falarmos sobre como a população LGBTQIA+ é ainda mais vulnerável. Esperamos que esses laços feitos com as organizações parceiras continuem e se fortaleçam para que cada uma contribua, como for possível, para diminuir a dor desse grupo”, complementou.

Além do atendimento à população LGBTQIA+, as atividades se estenderam para todos os presentes no PRA. “Isso é uma forma mostrarmos que o acesso a direitos de um, não retira de outros. Essa é a nossa ideia, fomentarmos informações e ações que reforcem informações confiáveis e a diminuição de atos que possam vitimizar um grupo”, frisou Marinho.

Durante as atividades, houve ainda a possibilidade de registro do nome social e atendimento jurídico junto à Defensoria Pública e oferta de cortes de cabelo.

Dois jovens venezuelanos posam para foto durante a ação

Para os venezuelanos Edwin e Romain, que chegaram no país há um mês, o evento permitiu o sentimento de pertencimento à população LGBTQIA+. “Gostamos muito. Fiz todos os exames que foram ofertados! Isso é importante para nós, sentimos que esse evento nos deu importância que algumas vezes não dão em outros locais. Achamos que as nossas vidas e dos nossos colegas importam”, afirmaram.

As atividades da OIM contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.