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Quem somos
Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalho
Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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Empoderar Migrantes é Crucial para a Recuperação pós COVID-19
Uma pesquisa conjunta feita pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), conduzida em nove países, mostra que a pandemia elevou os índices de pobreza e desemprego para muitos migrantes e suas famílias. Dados coletados em Bangladesh, Belarus, El Salvador, Guiné, Indonésia, Quirguistão, Lesoto, República da Moldávia e Peru mostraram que as restrições de viagem deixaram um número significativo de migrantes paralisados, com outros forçados a retornar a seus países de origem onde enfrentavam dificuldades.
Os chefes das duas agências da ONU enfatizaram o prospectivo papel da migração na recuperação pós-COVID-19 em um evento online que ocorreu ontem, 10 de junho, para discutir como a pandemia impactou comunidades migrantes – e como a desaceleração da migração devido a restrições de viagem afetou economias e pessoas. Eles reiteraram ainda a necessidade de os migrantes e a migração serem parte dos planos de recuperação da COVID-19 conforme os países reconstroem suas economias e sociedades após a crise.
“A migração está interconectada com desenvolvimento sustentável em vários níveis, e fica claro que, sem incorporar migrantes e a migração na etapa de planejamento e programação como um todo, não conseguiremos nos recuperar da COVID-19 e alcançar a Agenda 2030,” disse o Diretor-Geral da OIM António Vitorino.
“Fundamental a isso é a inclusão de pessoas em movimento nos esforços globais de vacinação. […] Isso não apenas é fundamental para garantir saúde pública e reduzir desigualdade, mas também para empoderar as contribuições de migrantes para a resposta à pandemia.”
“A pandemia da COVID-19 desencadeou uma crise de desenvolvimento e exacerbou vulnerabilidades em contextos frágeis afetados pela crise,” disse o Administrador do Programa de Desenvolvimento da ONU, Achim Steiner, espelhando a OIM. “Esforços globais para erradicar a pobreza e a fome, melhorar saúde e educação, e promover igualdade de gênero simplesmente não terão sucesso se os planos de desenvolvimento e políticas setoriais não incorporarem os migrantes.”
O estudo mostra ainda que:
- Um total de 180 mil migrantes trabalhadores da Indonésia retornaram para casa em 2020, com 75% de desempregados e muitas famílias tendo uma queda de 60% em sua renda.
- Mais de 150 mil do 1 milhão de migrantes do Quirguistão retornaram ao país após trabalhar no exterior em um contexto marcado pela já alta taxa de desemprego e pelos 10% de recessão na economia causados pela COVID-19, colocando mais pressão nos serviços públicos.
- Aumento da discriminação e estigma contra mulheres no Quirguistão, com 80% delas restringidas pela própria família de gerenciar seu próprio dinheiro.
- Na cidade de La Unión em El Salvador, onde grande parte da população trabalha no exterior e, desde então, retornaram, uma em três famílias tem um membro que perdeu o emprego.
Ao mesmo tempo, os migrantes tiveram um papel crucial na resposta à pandemia como trabalhadores essenciais, especialmente em setores-chave como saúde e agricultura. Alguns dos países mais afetados – incluindo os Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Alemanha, Chile e Bélgica - dependem fortemente de migrantes na prestação de serviços de saúde (OECD). No Reino Unido, um terço dos médicos e um quinto dos enfermeiros nasceram em outro país (ONS). Outros países muito afetados também dependente de migrantes nos setores de prestação de serviço, vendas, agricultura, silvicultura e pesca.
As remessas – dinheiro que os migrantes ganham ao trabalhar e que é enviado para suas famílias no país de origem – contribuem enormemente para as economias e sociedades pagando por educação, mercado e negócios e se mostraram inestimáveis para salvar vidas durante a pandemia. Quando investimentos e auxílios diretos a países de baixa e média renda se esgotaram, as remessas não.
Portanto, é essencial, afirmam tanto a OIM quanto o PNUD, que autoridades nacionais e locais incluam pessoas em movimento em suas políticas e planos de recuperação econômica e social. Isso deve incluir planos de combate à xenofobia e discriminação, já que estas também podem prejudicar economias e sociedades.
A OIM e o PNUD estão trabalhando juntos para alcançar isso em diversas comunidades. Dentre alguns dos esforços conjuntos discutidos no evento online estão projetos que atenuam as dificuldades causadas pela pandemia e permitem que os migrantes contribuam para suas comunidades de significativa formas.
Para saber mais sobre a iniciativa de financiamento da OIM-PNUD para acelerar a resposta conjunta ao impacto socioecômico pós-COVID-19, visite o site (em inglês): Migração pelo Desenvolvimento.