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Em parceria com governo do Rio Grande do Sul, OIM realiza mapeamento de informações das pessoas migrantes afetadas pelos efeitos de enchentes

Abrigo na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas. ©Ascom GVG/ Joel Vargas

Porto Alegre - A OIM, Agência da ONU para as Migrações, está apoiando o estado do Rio Grande do Sul e seus parceiros na construção de alternativas para mitigar os efeitos das enchentes no estado. Segundo os dados da Defesa Civil, até o dia 14 de junho, os efeitos das chuvas no estado já haviam atingido mais de 2,3 milhões de pessoas, em 478 municípios gaúchos. 

Uma das iniciativas realizadas pela OIM em parceria com Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) do estado do Rio Grande do Sul e a Polícia Federal é o mapeamento de pessoas migrantes atingidas pelas enchentes. O objetivo dessa atividade é coletar informações referentes ao perfil dessa população, dentro e fora dos abrigos, e identificar necessidades para encaminhar demandas de atendimentos para apoiá-la. 

Desde o dia 30 de maio, a SJDCH passou a divulgar o formulário de mapeamento, que é online e preenchido pelas próprias pessoas migrantes. Até o momento, o questionário já foi respondido por mais de 280 pessoas e segue sendo aplicado. 

A OIM elaborou a ferramenta para a coleta e gestão de dados. Além disso, a Agência da ONU para as Migrações apoia a iniciativa com traduções do formulário para inglês, espanhol, francês e creole, além da análise e visualização de dados. 

A Delegada de Polícia e Diretora do Departamento de Justiça na SJDHC, Viviane Nery Veigas explicou a importância dessa ferramenta. “O objetivo do mapeamento realizado é compreender as demandas da população migrante atingida pelas enchentes, com vistas a promover a articulação de políticas públicas para este público. O trabalho realizado será compartilhado com as demais secretarias de estado para fornecer subsídios para ações e programas futuros”, disse.  

“Essa iniciativa é muito importante para uma compreensão mais profunda da realidade, perfil e necessidades da população migrante impactada pelas enchentes no estado. Através desse mapeamento, será possível identificar as vulnerabilidades específicas dessas pessoas e fornecer a base necessária para decisões e políticas públicas mais eficazes. Essas medidas não só beneficiarão as pessoas migrantes, mas também toda a comunidade afetada. frisou a coordenadora de Gestão de Informação da OIM, Micheline Cunegundes. 

Além disso, em parceria com a Polícia Federal, foi realizado um mapeamento para identificar migrantes que perderam seus documentos devido às enchentes. Entre 15 a 26 de maio, foram identificadas, pela OIM, 131 pessoas afetadas em 12 abrigos em cinco cidades da região metropolitana, das quais 20 haviam perdido algum documento.