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Quem somos
Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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Em parceria com Agência da ONU para as Migrações, Fundação Dom Cabral disponibiliza conteúdo de empreendedorismo para venezuelanos no Brasil
Com tradução para o espanhol, Plataforma Pra>Frente Play oferece aulas para refugiados e migrantes
Brasília - Em ação realizada com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), Agência da ONU para as Migrações, a Fundação Dom Cabral (FDC) passa a disponibilizar conteúdo que auxilia o desenvolvimento e capacitação de pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas no Brasil. Dados do Sistema de Tráfego Internacional da Polícia Federal contabilizam, de janeiro de 2017 a abril deste ano, cerca de 459 mil venezuelanos que permaneceram no país.
Por meio da Plataforma Pra>Frente Play, a FDC oferece aulas que buscam capacitar nano e microempreendedores em Gestão e Empreendedorismo. A Plataforma, lançada em 2021, possibilita uma jornada de aprendizagem e desenvolvimento de competências do empreendedor. Para alcançar as pessoas refugiadas e migrantes hispanofalantes que possuem o desejo de empreender no Brasil, mas encontram barreiras de idioma e conhecimento, o conteúdo do portal foi traduzido para o espanhol no início de 2023 em parceria com a OIM, oferecendo a oportunidade de gerar negócios e auxiliar venezuelanos e venezuelanas nas principais dúvidas sobre o tema.
Com a utilização de vídeos, podcasts e ebooks, a plataforma possui navegabilidade acessível e otimizada, funcionalidades simples e jornadas individualizadas, acessíveis em quatro séries: “Turbine seu negócio”, “Vender mais e melhor”, “Superando desafios” e “Sua caixa sob controle”.
Em sua fase piloto, o curso já contou com 48 participantes, a maioria indígenas venezuelanos das etnias Warao, Kariña, Pemón e Eñepa que estão em abrigos federais de Boa Vista. Os alunos são trabalhadores artesãos e também foram selecionados pela OIM nas ocupações espontâneas da cidade.
Para Alejandrina, 72 anos, o aprendizado é fundamental para quem está em um novo país e deseja empreender. “Como indígena que chegou no Brasil, é importante esse curso porque nos coloca em contato com a comunidade local. Assim, sabemos como se vende e, sobretudo, como gerar recursos, permitindo que nossos talentos, que passam de geração e geração, tenham espaço por aqui”, complementa.
O artesão Warao Bruno, que está no Brasil há cinco anos, também participou. Ele tem sua fonte de renda na produção artesanal de alpargatas em tecido e, com o apoio da OIM, já participou de eventos e feiras para exposição e venda de seus produtos, reforçando sua integração econômica e ampliando sua clientela. Agora, ele possui mais ferramentas para aprimorar suas vendas.
"Foi interessante [o curso] para saber como empreender. Aprendi sobre identificar os produtos de qualidade e muitas informações que poderei aplicar em meu negócio", disse após concluir o treinamento presencial do curso.
Outras turmas presenciais ainda estão previstas em Boa Vista para completar essa etapa que pretende capacitar cerca de 100 pessoas. As aulas acontecem no espaço da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), equipada com computadores para uso individual e com apoio dos monitores da OIM, que auxiliam com o cadastro na plataforma e eventuais dúvidas.
Após a conclusão da etapa presencial, o conteúdo em espanhol da plataforma será disponibilizado virtualmente para os venezuelanos e migrantes em situação de vulnerabilidade em todo o país, para acesso livre.
“É uma alegria poder trabalhar com a OIM em um projeto que já impactou milhares de vidas brasileiras e agora pode alcançar ainda mais pessoas. Os primeiros resultados da parceria foram surpreendentes. Ficamos muito felizes com a possibilidade de ampliar a Plataforma e auxiliar a inserção de venezuelanos no mercado de trabalho”, comenta Ana Carolina de Almeida, vice-presidente de Educação Social da FDC.
A executiva destaca ainda como o trabalho em conjunto contribui para a integração dos refugiados e migrantes na sociedade brasileira. “Ao oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal, ajudar a criar e administrar seus próprios negócios, a iniciativa permite também o fortalecimento da economia brasileira”, pontua Ana Carolina.
“A parceria com a Fundação Dom Cabral está nos possibilitando ampliar as atividades de integração econômica não só em Boa Vista, mas em todo o país. As capacitações vão apoiar os venezuelanos e outros migrantes a desenvolverem seu potencial e a contribuir com o desenvolvimento das comunidades de acolhida”, destaca o Chefe de Missão da OIM, Stéphane Rostiaux.