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Conflito no Tigray: são necessários com urgência US$ 21,1 milhões para abrigar deslocados internos

Addis Ababa — A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e parceiros de ajuda humanitária estão pedindo US$ 21,1 milhões para fornecer novos abrigos e casas para mais de 1,8 milhão de Deslocados Internos em situação de extrema vulnerabilidade, ​​que vivem em campos em comunidades e vilas nas regiões de Tigray, Somali e Amara, na Etiópia. Desde o conflito entre as forças do governo etíope e as tropas em Tigray, em novembro de 2020, mais de 233.900 pessoas receberam apoio em 53 locais de deslocamento, a maioria dos quais são escolas. Algumas pessoas estão dormindo a céu aberto. Os recursos para manter os locais de deslocamento, onde os deslocados internos recebem assistência como alimentos e auxílios de saúde emergencial, água, saneamento e higiene (WASH), estão se esgotando.

O financiamento é necessário para construir alojamentos/espaços coletivos, banheiros, chuveiros e cozinhas, entre outras necessidades. Também será usado para renovar e manter as instalações existentes, que não atendem bem às necessidades das pessoas deslocadas. Os fundos também serão usados ​​no planejamento do local para ajudar a criar condições de vida mais organizadas e seguras. Novos locais para abrigo e construção de novas moradias também fazem parte do plano.

O apelo por abrigo está sendo liderado pela OIM na Etiópia, colíder nacional com o ACNUR, a Agência das Nações Unidas para Refugiados, responsável pela gestão e coordenação a nível nacional de mais de 1.500 locais de deslocamento, e 300 locais na região Norte, sob o Cluster de Gestão e Coordenação de Abrigos (CCCM, na sigla em inglês). Um cluster CCCM foi estabelecido na região de Tigray para responder ao aumento massivo de pessoas deslocadas pelo conflito.

“O conflito em curso no norte da Etiópia está afetando a capacidade dos deslocados internos de voltarem para casa e pode resultar em uma situação de deslocamento prolongado", afirmou o coordenador do Cluster CCCM na Etiópia, Rafael Abis. "O plano para tentar reabrir as escolas onde os deslocados internos estão abrigados atualmente exigirá recursos adicionais para que estes sejam realocados em novos locais, ao mesmo tempo em que se garante que ainda recebam a tão necessária assistência.

Em julho, a OIM pediu cerca de US$ 70 milhões para atender às necessidades dos deslocados internos na região, dos quais US$ 31,7 milhões foram recebidos até o momento. A OIM recebeu US$ 3,8 milhões dos US$ 4 milhões solicitados para o trabalho do CCCM, enquanto o Cluster precisa de US$ 21,1 milhões extras para o restante de 2021.

“Uma resposta de abrigo bem coordenada e planejada é crucial para ajudar a evitar que as populações deslocadas busquem abrigo em condições inaceitáveis ​​que agravam ainda mais suas vulnerabilidades e riscos de proteção”, afirma a Gerente do Programa do CCCM para IOM Etiópia, Stiofainin Nic Íomhaird.

A Plataforma Global da OIM de Resposta a Crises fornece uma visão geral dos planos da OIM e requisitos de financiamento para responder às necessidades emergentes e aspirações das pessoas afetadas por, ou em risco de, crise e deslocamento em 2021 e além. A Plataforma é atualizada regularmente à medida que as crises evoluem e novas situações surgem.

Para mais informações, entre em contato com:

Rafael Abis, I Organização Internacional para as Migrações (OIM): RABIS@iom.int

Lineker Arenneke, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR): arenneke@unhcr.org

Hussein Awol, Assistência para os Necessitados na Etiópia (ANE): Hussein.a@ane-ethiopia.org

Cluster CCCM da Etiópia: im.ethiopia@cccmcluster.org