Brasília - Migrantes que desejam empreender com foco na Economia Popular Solidária (EPS) e promover a organização de negócios para geração de renda puderam ampliar seus conhecimentos durante a capacitação online de três dias promovida entre os dias 16 e 18 de julho. Foram beneficiadas 60 pessoas da Venezuela, Haiti, Cuba e República Dominicana.

A iniciativa é realizada pela Cáritas Brasileira Regional Paraná, no âmbito do projeto de Integração Econômica de Venezuelanos e Migrantes vulneráveis oriundos de Países Vizinhos, implementado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Cada dia da formação foi dedicado a um módulo de aprendizagem, incluindo a EPS e seus princípios; formas de organização em EPS e, como elaborar planos de negócios em EPS. Durante os três dias de estudos, os beneficiários se engajaram e relataram brevemente suas trajetórias de migração e destacaram a valorização e partilha da bagagem cultural dos migrantes como elemento chave para o êxito de seus empreendimentos econômicos.

No último dia da formação, os estudantes iniciaram a elaboração do plano para o estabelecimento da Rede Paranaense de Migrantes e Refugiados de Cooperação e Comercialização Solidária, que reunirá iniciativas de geração de renda de migrantes em diversos seguimentos, tais como artesanato, saboaria, alimentação e panificação, confecção e eventos.

“A Economia Popular Solidária é um caminho que vai ao encontro dos anseios de migrantes e refugiados e aponta para o sonho da liberdade financeira. Todos temos o desejo de viver e sobreviver do trabalho de nossas mãos e com os migrantes e refugiados não é diferente”, destaca o educador popular e facilitador dessa formação, Renato Eder Munhoz.

“O principal valor agregado nos produtos dos empreendimentos da Rede Paranaense de Migrantes e Refugiados de Cooperação e Comercialização Solidária é a riqueza cultural que cada um e cada uma trouxe na mala”, finaliza o profissional.

O apoio da OIM nesta atividade é realizado no marco do Projeto “Oportunidades – Integração no Brasil”, financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).