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Boas práticas e a inclusão de jovens migrantes e brasileiros no mercado de trabalho foram temas de encontro organizado pela OIM Brasil

Evento foi realizado juntamente com o Consulado do Equador, equipes da OIM, Sistema S e sociedade civil e abordou informações sobre direitos, oportunidades de educação e incentivo ao empreendedorismo 

Brasília – Com o intuito de debater a inclusão profissional de jovens e compartilhar boas práticas sobre acolhimento, integração econômica de refugiados e migrantes venezuelanos, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, promoveu encontro com parceiros em Brasília na última semana de novembro.

A atividade reuniu representantes do SENAI, da OIM Brasil e Equador, e do Consulado do Equador em Brasilia. Com o tema “soluções eficazes e humanizadas de atender a população migrante”, foram discutidas as experiências positivas da OIM e parceiros no trabalho com a população migrante, em especial com refugiados e migrantes venezuelanos, além de serem apresentadas informações sobre capacitações e iniciativas dentro do Sistema S. 

“O evento organizado pela OIM e parceiros nos permitiu conhecer diferentes iniciativas de apoio aos venezuelanos e migrantes de outras nacionalidades. Principalmente as práticas nos campos da qualificação profissional e inserção laboral”, disse a cônsul do Equador em Brasília, Marianita Pijal. 

Para o orientador pedagógico do SENAI, Elkin Páez Chingal, o encontro foi positivo em mapear ações de impacto na vida dos beneficiários. “Acredito que o melhor dos resultados foi ouvir testemunhos dos refugiados e migrantes e ver o impacto que os projetos tiveram na vida deles. A fala dos parceiros foi um ponto chave, pois acredito que um aspecto importante está em promover a construção de novos projetos e oportunidades para esse público”, comentou. 

Entre as participantes estava a beneficiária Luisa, 21 anos, que participou de cursos do projeto Inclusão sem Fronteiras desenvolvido pela OIM em parceria com a ADRA e SENAI. Entre 2020 e 2021, o projeto ofertou 25 cursos de qualificação profissional, e beneficiou mais de 200 venezuelanos em situação de vulnerabilidade. “Cheguei aqui em um momento muito difícil, e me senti muito acolhida. Graças a cursos do projeto consegui me formar em uma carreira técnica que abriu portas para meu emprego”, disse a jovem venezuelana. 

Em outro momento, uma roda de conversa foi dedicada a jovens da Venezuela – entre eles, indígenas da etnia Warao – e jovens brasileiros. Todos os presentes participaram de projetos de capacitação profissional e integração econômica desenvolvidos pela Cáritas e ADRA. Além das duas instituições, OIM, SENAI, Sebrae, SEST SENAT e Senac apresentaram informações sobre direitos, oportunidades de educação, inserção laboral, formação profissional e promoção de empreendedorismo desenvolvido pelas organizações. 

“O evento responde a uma necessidade de olharmos com maior cuidado para jovens e suas especificidades no que tange a inserção laboral. O contato entre os participantes da roda - jovens venezuelanos, venezuelanos indígenas e brasileiros - enriquece o diálogo intercultural e fortalece a sua inclusão na comunidade local”, disse a coordenadora de projeto da OIM no Brasil, Thais La Rosa.

A temática da inclusão socioeconômica de jovens venezuelanos é desenvolvida pela OIM, por meio do projeto Oportunidades – Integração no Brasil, e conta com o apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).