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Ações de prevenção à varicela entre a população venezuelana albergada na rodoviária de Manaus são intensificadas

OIM e demais organizações que atuam na resposta ao fluxo migratório venezuelano apoiam o município em ação de saúde

Manaus - Agentes de saúde realizaram um mutirão de vacinação para refugiados e migrantes venezuelanos abrigados na rodoviária de Manaus durante o mês de setembro. A atividade foi uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e organizações da sociedade civil. No total, foram atendidos e vacinados 131 crianças e adultos, que puderam tomar vacinas contra varicela (popular catapora), tríplice viral (sarampo, caxumba erubéola) e influenza.

Na parceria com a Semsa, a OIM e Cruz Vermelha Brasileira também ficarão responsáveis por notificar a secretaria de saúde de casos de varicela que possam surgir entre a população atendida. Para isso, haverá capacitação para conhecimento e preenchimento das fichas de notificação compulsória. 

A estratégia de vacinação busca fortalecer a saúde dos abrigados e bloquear a transmissão da varicela, que é uma doença altamente contagiosa e que se manifesta, comumente, em crianças.

“Atuamos diretamente com a comunidade, fazendo atendimentos a cada semana e, assim, podemos acompanhar o progresso do quadro de saúde das pessoas abrigadas. Esse contato é importante porque permite também que a gente consiga agir, se necessário, no controle e diminuição do índice de transmissão de doenças no local”, afirma a enfermeira da equipe de saúde da OIM Ester Fernandes.

Quando há casos de pessoas que necessitam atendimento, elas são encaminhadas à rede pública de saúde para exames específicos ou recebimento de medição adequada para tratamento. Os registros de doenças também são acompanhados pelo Núcleo de Vigilância em Saúde, do Distrito de Saúde Sul (Disa Sul), da Semsa.

“A vacinação é algo muito importante para os abrigados, porque reduz o contágio de doenças entre as pessoas. Com isso, podemos garantir que todos tenham um reforço a saúde, na qual a vacina haja como um bloqueador para que essa e outras doenças não consigam se espalhar”, contou Isabel Lopes, enfermeira e chefe do Núcleo de Imunização do Disa Sul.

Essas atividades contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.