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OIM doa 1,5 tonelada de alimentos para migrantes que aguardam abertura das fronteiras no Acre

Brasília - Com o objetivo de apoiar as ações realizadas pela Prefeitura de Assis Brasil, no Acre, e de entidades da sociedade civil, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) doou, este mês, 1,5 tonelada de alimentos para mais de 250 imigrantes que aguardam a reabertura das fronteiras com Peru e Bolívia no município acreano.

Estas pessoas vindas da Venezuela, Haiti, Colômbia, Togo e Benin estavam próximas de cruzar a tríplice fronteira quando foram paradas pela restrição de mobilidade devido à pandemia do novo coronavírus e não puderam seguir viagem como planejado.

Enquanto aguardam, elas foram acolhidas pela Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e pela Prefeitura de Assis Brasil com abrigamento e comida. A doação da OIM, feita em articulação com o Instituto Migrações e Direito Humanos (IMDH), e com a Igreja de acolhida, deve garantir a segurança alimentar do grupo pelas próximas semanas.

“Esperamos com essa ação apoiar as entidades que estão trabalhando para garantir a acolhida desses cidadãos em trânsito nesse período de espera que não sabemos quanto ainda vai durar. Essa é uma crise de saúde, mas que também tem fortes impactos na mobilidade das pessoas”, informa o coordenador de projeto da OIM, Guilherme Otero.

O atendimento aos imigrantes incluiu ainda ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para verificar qualquer pendência de regularização migratória, assim como ações de saúde. Eles estão sendo monitorados para sintomas de covid-19 enquanto aguardam a abertura das fronteiras para chegarem a seus destinos.

“Agradecemos a doação da OIM para os migrantes que estão no nosso município durante a pandemia. Apesar dos obstáculos, seguimos nosso trabalho de acolhimento, e a parceria com instituições como a OIM é muito importante nessas ações”, relata o prefeito de Assis Brasil, Antônio Barbosa de Souza.

A OIM continua acompanhando a situação junto às autoridades e à sociedade civil. A recomendação é que os migrantes presentes no Brasil evitem viajar ao Acre ou a outros estados fronteiriços para sair do país enquanto as medidas em vigor não os permitirem.

Esta ação foi realizada com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

 

Foto (c) divulgação.