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Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
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Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
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OIM assegura atividades de geração de renda para indígenas em Pacaraima
Doação de materiais de construção permitirá a brasileiros e venezuelanos obterem autonomia financeira de forma duradoura
Pacaraima – Tijolos, cimento, caixa d´água, canos e telhas são alguns dos materiais de construção entregues pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), na última semana, para as comunidades indígenas venezuelanas de Sorocaima 1 e Bananal, em Pacaraima (RR). Os itens serão usados na construção de espaços coletivos que vão propiciar geração de renda, como hortas, galinheiros e tanque para a criação de peixes.
Na fronteira do Brasil com a Venezuela, as comunidades indígenas brasileiras Taurepang, que vivem na região, passaram a receber em suas terras nos últimos anos indígenas venezuelanos da etnia indígena transfronteiriça Pemón. Esse acolhimento é feito por se tratar do mesmo povo indígena, pois compartilham a mesma origem linguística e laços familiares ancestrais.
Entre as comunidades que mais acolheram os Pemón em Pacaraima, estão Sorocaima 1, Bananal, Tarauparu e Sakomota. Um levantamento realizado pela OIM em novembro de 2020 mostrou que cerca de 1.800 pessoas vivem nestas comunidades, sendo 52% indígenas brasileiros e 48% indígenas venezuelanos.
Com o aumento no número de moradores na região, os residentes de Sorocaima 1 e Bananal solicitaram à OIM apoio para aprimorar as estruturas locais e apoiá-los em atividades de geração de renda. As propostas dos espaços foram então escolhidas após diálogo entre moradores e baseadas em afinidades e habilidades pré-existentes.
O objetivo é apoiar as comunidades por meio de projetos coletivos para a integração socioeconômica e geração de renda. A implementação das hortas, galinheiro e tranque de peixes permitirá gerar equilíbrio entre as populações acolhedoras e a recém-chegada. Em Sorocaima 1, dos 458 indígenas, 136 são venezuelanos e no Bananal, de quase 350 moradores, 121 são venezuelanos.
A escolha das atividades foi definida em conjunto com as comunidades, quando avaliaram que o plantio e criação de animais, principais atividades econômicas locais, eram insuficientes para todos, seja por falta de equipamentos ou mesmo de estrutura para uma produção maior. Foram assim pensadas ações de médio a longo prazo para complementar as atividades emergenciais já realizadas no âmbito da Operação Acolhida, resposta humanitária do Governo Federal.
“A oferta de ferramentas e meios para que a comunidade venezuelana possa alcançar a autonomia são extremamente importantes para o desenvolvimento desas pessoas, uma vez que os indígenas da Venezuela podem encontrar mais barreiras para ingressar no mercado de trabalho. É uma grata experiência para OIM trabalhar com povos originários e apoiá-los de forma consistente e duradoura”, afirma a assistente de projetos de Integração Socioeconômica da OIM Tainá Aguiar.
Conforme o presidente da Associação de Sorocaima 1, Manuel Bento, toda comunidade será mobilizada para realização das atividades. “Para mim é uma satisfação. Há muito tempo buscávamos apoio, e essa é a primeira oportunidade de se fazer esse tipo de projeto. Estou muito grato, pois a OIM nos abraçou para trabalharmos”, disse.
“Estou no Brasil há três anos e sempre fizemos reuniões com lideranças para realização dessas atividades. Queremos apoiar a comunidade nisso, saber como se cria, se cultiva para vendermos os produtos em Pacaraima e depois para Boa Vista”, relata o indígena Maturino, da etnia Pemón da Venezuela e morador de Sorocaima 1.
Soluções Duradouras - Em 2020, a OIM lançou a publicação “Soluções Duradouras para Indígenas Migrantes e Refugiados no Contexto do Fluxo Venezuelano no Brasil”. A obra é produto de um amplo processo de consulta com indígenas Warao, Pemón e Eñepa nas cidades de Boa Vista, Manaus e no município fronteiriço de Pacaraima (RR) e tem o intuito de contribuir com a construção de alternativas de políticas públicas para os indígenas venezuelanos no Brasil.
Essas atividades contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.