-
Quem somos
Quem somosA Organização Internacional para as Migrações (OIM) faz parte do Sistema das Nações Unidas como a principal organização intergovernamental que promove a migração humana e ordenada para o benefício de todos. A OIM está presente no Brasil desde 2016.
Sobre
Sobre
OIM Global
OIM Global
-
Nosso trabalho
Nosso trabalhoComo a principal organização intergovernamental que promove migração humana e ordenana, a OIM desempenha um papel fundamental no processo de atingir a Agenda 2030 por meio de diferentes áreas de intervenção. No Brasil, a OIM oferece apoio a migrantes, retornados, deslocados internos e às comunidades de acolhida, trabalhando em cooperação com governos e a academia.
O que fazemos
O que fazemos
Transversal (global)
Transversal (global)
- Dados e Informações
- Contribua
- 2030 Agenda
Irmãos vencem festival com filme retratando impacto da COVID-19 na comunidade surda
Brasília - Nos últimos dois anos as máscaras tornaram-se itens essenciais para evitar a contaminação com COVID-19. Mas para uma parte da população, ainda que elas tenham ajudado a salvar milhares de vidas, as máscaras também são sinônimo de silêncio. Um relatório divulgado em março de 2021 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que 1,5 bilhão de pessoas têm algum grau de deficiência auditiva no mundo. Dependendo em grande parte da interpretação labial e de expressões faciais para se comunicar, a pandemia trouxe para as pessoas surdas uma sensação de impotência diante de atividades corriqueiras, como ir ao banco, supermercado ou até mesmo a consultas médicas.
São estas dificuldades que levaram os irmãos Glória e Victor Araújo, de 12 e 10 anos, a gravarem um vídeo mostrando os impactos da COVID-19 em sua família. Ambos atuam como intérpretes de libras para os pais, Jucimara e Vandro, deficientes auditivos. O filme “Silêncio na pandemia” retrata as barreiras impostas pelo uso de máscara a esta comunidade e principalmente conscientiza sobre a importância de um ensino obrigatório e universal da lingua de sinais para toda população.
O filme foi premiado pelo júri internacional do PLURAL + Youth Video Festival, competição de vídeos promovida pela Agência da ONU para as Migrações (OIM), e pela Aliança de Civilizações das Nações Unidas (UNAOC). A produção dos irmãos moradores de Londrina, no Paraná, ficou em primeiro lugar na categoria até 12 anos e também recebeu outros três prêmios dentro do festival: Peacemaker Champions Award, TAL Award e o MediaB Award.
“Eu queria que as pessoas vissem esse vídeo e quisessem mais intérpretes em todos os lugares. Porque seria mais fácil para todo mundo, né?”, conta Victor.
A família Araújo: Glória, Jucimara, Victor e Vandro
Produção – Responsável por montar o roteiro e dirigir o filme, Glória explica que começou a produção do curta-metragem em junho de 2021, com a ajuda das primas Lorena da Silva, de 22 anos, e Alaysa Fernandes, de 18. Foi Lorena quem viu a competição promovida pelas Nações Unidas e incentivou os irmãos a se inscreverem no concurso. As duas primas também ajudaram a traduzir o conteúdo para o inglês e editar as ideias de Glória, que tem o sonho de ser cineasta. “A gente começou a gravar e acabamos esquecendo que era para a ONU. E aí a gente começou a se divertir e foi bem espontâneo. Só percebemos o que estávamos fazendo depois que a gente ganhou”, explica Glória.
O PLURAL + Youth Video Festival convida jovens de todo mundo a contarem diversas histórias sobre os temas mais urgentes do nosso tempo. Na edição de 2021, a tônica do concurso foi a diversidade, tema que chamou atenção dos jovens paranaenses. “Se a gente fosse igual, não teria graça. A gente precisa da diferença para aprender a respeitar as pessoas em qualquer hipótese”, diz Glória. “Se as pessoas fossem iguais, a gente não aprenderia muita coisa, porque para aprender é preciso ver outra pessoa fazendo diferente. Então a gente precisa de diversidade”, defende a garota.
A cerimônia online de premiação contou com a presença do diretor-geral da OIM, António Vitorino, e do alto representante da UNAOC, Miguel Ángel Moratinos. Também foi transmitida uma mensagem em vídeo da subsecretária-geral da ONU para Comunicação Global, Melissa Fleming. Na ocasião, Glória foi convidada a discursar e aproveitou para defender a universalização da linguagem de sinais como solução duradoura para as dificuldades de inclusão da comunidade surda.
Outros vencedores – Ao todo, 29 vídeos foram premiados pelas Nações Unidas. O Brasil foi o país que recebeu o maior número de condecorações: sete no total. “Silêncio na pandemia” foi o destaque da categoria principal. Os outros seis jovens brasileiros foram laureados por parceiros da ONU.
Nicole Assunção recebeu uma menção honrosa da Children’s Film Festival Seattle, com o filme “What does opening the world mean to you?”; Mickael Lima venceu o FACIUNI Award com o curta-metragem “Ubuntu”; Joana Lara recebeu uma menção honrosa do Italian Movie Award pela produção de “The human being is a genus of which diversity is a species”; Guilherme Menezes também recebeu uma menção honrosa do FilmAid pelo filme “I could never choose where to be born”; Cassia Roriz venceu o FilmAid Award e o Visual Voices Award for Peace Advocacy com o filme “Look out for us”; e Esther Cortereal, diretora de “For the right to be diverse”, venceu o Three Cultures of the Mediterranean Award.
Os curta-metragens abordam como a diversidade é um elemento importante para inclusãode pessoas que precisam viver em diferentes culturas, como é o caso de migrantes e refugiados.
"O cinema e o audiovisual são uma importante ferramenta para informar, divertir, educar, provocar debates e promover a diversidade. Há mais de um século eles estão ligados com a migração, quando desde o início dessa arte muitos cineastas migrantes retratavam um mundo em movimento. Iniciativas como o Plural+ dão força e voz a esses jovens, que colocam na tela suas mensagens, promovendo integração e tolerância entre públicos nos diferentes cantos do mundo”, relata o Chefe de Missão da OIM no Brasil, Stéphane Rostiaux.