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Centro Humanitário de Acolhimento Esperança começa a receber primeiras famílias em Canoas

Foto: Joel Vargas/ Ascom GVG

Canoas – As primeiras pessoas que serão acolhidas no Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança começaram a entrar no espaço, que fica localizado em Canoas (RS), nesta segunda-feira (22). Com capacidade para cerca de 850 pessoas, esse é o terceiro CHA que abre suas portas no estado, após o Recomeço, também em Canoas, e o Vida, em Porto Alegre. 

Em parceria com o Governo do Rio Grande do Sul, as prefeituras das cidades de Canoas e Porto Alegre e o Sistema Fecomércio/SESC/SENAC, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, é a responsável pela gestão dos espaços. Com isso, busca-se assegurar que a resposta para as pessoas afetadas pelas enchentes tenha uma abordagem de direitos humanos, de forma alinhada à experiência e à estratégia global da organização, garantindo que as pessoas possam ter acesso a assistência vital e se abrigar em locais seguros, dignos e com instalações apropriadas enquanto necessário. 

“Concluímos hoje a entrega dos três centros, mas seguimos o trabalho de monitoramento contínuo, que é essencial para garantirmos que as condições de acolhimento se mantenham adequadas e que as necessidades das famílias sejam atendidas de maneira integral. Nossas equipes, em conjunto com a OIM e a gestão dos municípios, estão acompanhando presencialmente e de forma permanente as atividades no Recomeço, no Vida e, agora, no Esperança”, destacou o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza. 

O coordenador de emergência da OIM Joaquim Torrinha ressaltou a importância do trabalho conjunto. "A abertura do Centro Esperança é a continuação de uma parceria de sucesso entre as organizações envolvidas na assistência aos desabrigados. Nosso objetivo é poder acolher e cuidar dessas pessoas para que possam dar o próximo passo rumo à reconstrução de suas vidas. O nome 'Esperança' simboliza aquilo que acreditamos", sintetizou. 

O secretário de Apoio à Reconstrução de Canoas, Roberto Tejadas, frisou que os centros contam com apoio de organizações especializadas em abrigamento. “Optamos pelo Centro Humanitário de Acolhimento porque, além de ser um espaço mais qualificado, ainda tem toda a experiência comprovada e atestada pelas agências da Organização das Nações Unidas. É um espaço que propicia maior individualidade, com uma família em cada unidade habitacional", explicou. 

Esperança – O terceiro CHA do Rio Grande do Sul fica localizado em um terreno junto ao Centro Olímpico Municipal e tem uma área construída de 9 mil metros quadrados. A estrutura garantirá abrigamento a cerca de 850 pessoas até que elas recebam a moradia definitiva dos programas habitacionais anunciados pelo governo federal. 

Os dormitórios foram distribuídos em quatro alas: grupos familiares, homens, mulheres e a ala LGBTQIA+ (pensada como opção para as pessoas desse grupo que se sentirem vulneráveis em outros espaços). Há banheiros privativos para cada uma das alas, garantindo maior privacidade e individualidade aos acolhidos. Além disso, há espaços como refeitório, cozinha, posto médico, lavanderia, lactário, fraldário, espaço kids e espaço muiltiuso. 

As famílias entrarão de maneira gradativa conforme triagem realizada pela Prefeitura de Canoas, em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). A expectativa é que a lotação máxima seja atingida até a primeira quinzena de agosto.  

Vários parceiros estiveram envolvidos na realização do CHA Esperança. Além do governo do Rio Grande do Sul, com o Gabinete do Vice-Governador à frente do projeto, o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, a Prefeitura de Canoas e a OIM, empresas e organizações parceiras fizeram as doações de maquinários, brinquedos e outros itens, para garantir mais conforto às pessoas acolhidas. 

Com informações do Governo do Rio Grande do Sul