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OIM apoia pessoas afegãs no Programa de Acolhida Humanitária por Patrocínio Comunitário

Foto: Jamile Ferraris/ MJSP

Foto: Jamile Ferraris/ MJSP

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Brasília – O Brasil recebeu nesta terça-feira (29) as quatro primeiras famílias de nacionais do Afeganistão que chegaram no Brasil por meio do Programa de Acolhida Humanitária por Patrocínio Comunitário coordenado pelo governo federal. A iniciativa tem como objetivo oferecer um acolhimento digno e facilitar a integração das pessoas afetadas pela crise humanitária no Afeganistão à sociedade brasileira.

O programa foi criado como resposta concreta à necessidade de soluções sustentáveis para a migração afegã e de ajustes do fluxo às capacidades existentes, tanto da rede consular no exterior, responsável pela análise e emissão dos vistos, quanto da rede nacional de acolhimento e abrigamento.

"Essa é mais uma ação que levamos adiante em parceria com o governo brasileiro visando dar um acolhimento digno às pessoas que buscam recomeçar suas vidas no Brasil. Com o apoio da sociedade civil reforçamos a integração dessas pessoas no país e de um futuro digno para elas”, destacou a Oficial Nacional de Projetos da Agência da ONU para as Migrações (OIM) Socorro Tabosa na chegada das famílias.

“Com o Programa Acolhida Humanitária por Patrocínio Comunitário, o Brasil, com sua tradição de acolhimento a migrantes e refugiados, irá garantir que os direitos previstos na Constituição sejam assegurados para aqueles que chegam ao nosso País. Isso inclui o acesso a serviços públicos essenciais, como saúde e educação, além de integração social e profissional", destacou o secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Jean Keiji Uema.

A OIM desempenha um papel estratégico na execução do programa, oferecendo suporte técnico e operacional na logística internacional, recepção humanitária e integração local. A Organização atua ainda para assegurar que os beneficiários tenham acesso a serviços, direitos e oportunidades de reconstrução de suas vidas no Brasil, com ênfase na integração linguística, sociocultural e econômica.

Essa primeira recepção conta também com o suporte da Panahgah, Associação Internacional de Apoio Humanitário. Ao longo de 2025, a instituição irá acolher um total de 500 pessoas. O Instituto Estou Refugiado também firmou o acordo de cooperação e receberá outras 224 pessoas. Ambas as organizações atuarão na promoção da autonomia econômica, acesso a direitos e inclusão social e cultural das pessoas que participam dessa ação.

A OIM é parceira do MJSP no programa. A iniciativa também conta com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), além da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

As atividades da OIM no âmbito do Programa de Reassentamento, Admissão e Acolhida Humanitária por Via Complementar e Patrocínio Comunitário (PRVC-PC) contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.