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Diretora-Geral da OIM pede maior apoio global ao Haiti em meio à crise crescente

Diretora-Geral da OIM, Amy Pope, se encontra com famílias deslocadas em Porto Príncipe, testemunhando os desafios que elas encontram. Foto: OIM 2025/ Antoine LEMONNIER.

Diretora-Geral da OIM, Amy Pope, se encontra com famílias deslocadas em Porto Príncipe, testemunhando os desafios que elas encontram. Foto: OIM 2025/ Antoine LEMONNIER.

Porto Príncipe – Em meio a uma emergência humanitária cada vez mais grave no Haiti, a Diretora-Geral da Agência da ONU para as Migrações (OIM), Amy Pope, concluiu uma visita de alto nível nesta semana pedindo à comunidade internacional que intensifique o apoio às comunidades deslocadas pela violência e instabilidade.

Mais de 1 milhão de pessoas estão atualmente deslocadas dentro do Haiti – o triplo do número registrado há apenas um ano. O controle de gangues sobre vastas áreas de Porto Príncipe forçou famílias a fugirem repetidamente, deixando-as sem acesso a abrigo, água potável ou atendimento médico. Ao mesmo tempo, cerca de 200 mil haitianos foram deportados de países vizinhos no ano passado, aumentando a pressão sobre sistemas locais já sobrecarregados.

“Esta é uma das crises mais complexas e urgentes do mundo, com implicações para a estabilidade regional e global”, disse a Diretora-Geral Pope. “Quando investimos em apoio humanitário, não apenas salvamos vidas – também construímos resiliência e segurança, ajudando a estabilizar comunidades e a reduzir as condições que causam a migração forçada.”

Durante sua visita, a Diretora-Geral Pope se encontrou com famílias deslocadas em um local de abrigo de Porto Príncipe, ouvindo suas experiências e avaliando suas necessidades mais urgentes. “Uma mãe me contou que havia fugido de seu bairro três vezes em dois meses. Ela estava vivendo sob uma lona com seus filhos, sem saber para onde ir em seguida”, relatou Pope. “Essas não são apenas estatísticas — são vidas que se encontram em uma crise repetida.”

A Diretora-Geral também manteve conversas com autoridades do governo haitiano, incluindo o Presidente do Conselho Presidencial de Transição e o Primeiro-Ministro, para identificar formas concretas de reforçar a governança migratória, ampliar o acesso à documentação legal e fortalecer a reintegração.

Atualmente, a OIM lidera esforços em mais de 50 locais que recebem pessoas em deslocamento, oferecendo abrigo, gestão de acampamentos, proteção e serviços emergenciais de água, saneamento e higiene – até mesmo em áreas afetadas pela violência. A organização também trabalha com as comunidades para reabilitar a infraestrutura e ampliar o acesso à educação e meios de subsistência.

Além do alívio imediato, a OIM também está ajudando as pessoas a se reintegrarem às comunidades, inclusive por meio da reabilitação da infraestrutura pública para ampliar o acesso a serviços essenciais nas áreas que acolhem pessoas deslocadas.

“O povo do Haiti está demonstrando uma força notável diante de dificuldades inimagináveis”, disse Pope. “Mas contar apenas com a resiliência não é uma boa estratégia. As pessoas do Haiti precisam de apoio — e precisam agora. O custo da inação será medido não apenas em vidas perdidas, mas também na instabilidade mais ampla que nos afeta a todos.”

A OIM continua comprometida em trabalhar lado a lado com o povo haitiano e o Governo do Haiti para restaurar segurança, dignidade e oportunidades em todo o país.

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