Boa Vista – Visando reforçar o acesso à alimentação de pessoas refugiadas, migrantes e brasileiras em situação de vulnerabilidade, a OIM, Agência da ONU para as Migrações, entregou mais de 1.400 cestas básicas durante os meses de novembro e dezembro de 2024, beneficiando famílias na capital roraimense.

Além da distribuição em sete ocupações espontâneas localizadas em Boa Vista, a OIM contou com o apoio de duas entidades parceiras – a Associação Grupo de Mães Anjos de Luz, voltada para a ajuda gratuita de pessoas com deficiência em Roraima e a organização Humanidade Mais que Fronteiras, que atua com promoção de direitos humanos na capital – para entregar cestas a outras pessoas em situação de vulnerabilidade.

Durante as entregas, foram realizadas sessões para reutilização, reaproveitamento e reciclagem das embalagens derivadas das cestas básicas, com exemplos práticos para elaboração de brinquedos, artesanatos, vasos para hortas orgânicas, entre outros.

BALANÇO – A distribuição complementou as ações de segurança alimentar realizadas ao longo de 2024. Em entregas de outras 1.473 cestas básicas durante o ano passado, cerca de 6,5 mil pessoas foram beneficiadas em municípios de Roraima; números que se somam aos do projeto Cozinha Solidária, em que foram servidas mais de 4 mil refeições, atendendo 407 pessoas.

“Frente ao trabalho de atender as necessidades da população em movimento e da comunidade local, que também tem impactos causados pela migração, a entrega de cestas básicas promove o acesso à alimentação daqueles que se encontram em vulnerabilidade, diminuindo a insegurança alimentar de famílias”, explicou a assistente de Atenção Direta da OIM, Angélica Triani.

“A entrega de cestas básicas não apenas aborda uma necessidade material, mas também envia uma mensagem poderosa de esperança e união para as famílias vulneráveis, lembrando-as de que existem pessoas que se preocupam com seu bem-estar e estejam dispostas a ajudar. As cestas não contêm apenas alimentos, mas também a mensagem de que elas não estão sozinhas em suas lutas”, disse a presidente da Humanidade Mais que Fronteiras, Mayra Figueira.

Para Maria Camila, o apoio com a cesta básica será fundamental para sua família. “É uma grande ajuda no momento para mim e meus dois filhos. O sentimento que fica é a gratidão pela entrega. Vou poder ter um fim de ano com alimentos para minha família”, afirmou.

Com a entrega, Ana Antônia, indígena Wapichana, sente a felicidade de proporcionar alimentação dentro de casa. “Me sinto agradecida pela cesta que irá nos ajudar por um bom tempo”, complementou.

As atividades da OIM para segurança alimentar contaram com apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (PRM) e de Operações de Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO).